Ao escrever sobre a minha vida militar não quero dizer com isso que sou apologista da guerra. Não gosto da guerra que destroça milhões de pessoas e só servem o interesse dos vendedores de armas, do petróleo, ou de quem queira uma possessão de terreno (País) tal e qual como qualquer animal dito irracional o faz.
Quando fomos chamados para a vida militar, naquela época era obrigatório, quem não fosse sujeitava-se a ser penalizado por isso. Mas foi lá que se fizeram grandes amizades. Ainda hoje passa em rodapé nas TV´s ou nos jornais, que companhia tal vai ter um almoço de confraternização em qualquer lugar deste país.
Nunca fui a nenhum. Uma porque quando estive nos Comandos nunca o cheguei a ser devido a queda que me fracturou o ombro. Nos “Gorilas do Maiombe” a minha companhia era de rendição individual por isso nunca houve grandes motivos para reunir já que andávamos sempre a substituir e a sermos substituídos, ou seja, nunca estive numa companhia do principio ao fim com os mesmos camaradas.
Por isso os rostos esfumaram-se nas veredas do tempo, contactos pessoais nunca houve e assim se passaram anos e anos, até que...
Um dia resolvi escrever. Escrever aquilo que penso, notas da minha vida, sem o intuito de agradar seja a quem for senão a mim.
E voltei ao passado, não a um passado saudosista, que aquilo é que era bom e agora nada presta. Cada coisa no seu tempo!
Sempre pensei que, caso fosse Comando, pertenceria à 33ª Companhia. Meteu-se-me na cabeça que era e ponto final. Só que passado estes anos de contacto em contacto, verifiquei que assim não era. Aqui é que se vê o que une quem lá esteve naquela guerra. Mesmo não tendo sido Comando, vários Comandos entraram em contacto comigo para a pouco e pouco ir eliminando as Companhias que se formaram até à altura que entrei para o CIC. Fiz vários contactos e hoje a certeza absoluta que seria da 2044ª do 27º Curso que decorreu entre Junho e Outubro de 1973.
Assim ao som da música da «Ballad of the green beret», Hino Oficial dos Comandos, agradeço a todos os que entraram em contacto comigo, especialmente ao Armindo Ferreira da 33ª (sem ele não teria sido possível saber nada de nada), ao Brito da 2046ª, ao Carlos Sousa, Aníbal Lopes e ao Rosa da 2044ª toda a ajuda prestada.
Para todos o meu MAMA SUMAE e aqui fica a letra da canção que tão bem a conheceis.
Hino “Comando”
Somos jovens e audazes,
Palmilhando matas sem fim,
E mostramos ser capazes
De lutar até ao fim.
Aprendemos a ser duros,
A lutar até morrer,
E mostramos ser seguros
Não faltando ao dever.
Ao perigo indiferentes,
E na guerra destemidos,
Nunca largamos as frentes
Perseguindo o inimigo.
Esta é a voz do COMANDO,
Que de regresso cantamos,
E bem alto vamos gritando
MAMA SUMAE, AQUI ESTAMOS
Só quem lá esteve é que sabe dar o valor a isto!
Quando fomos chamados para a vida militar, naquela época era obrigatório, quem não fosse sujeitava-se a ser penalizado por isso. Mas foi lá que se fizeram grandes amizades. Ainda hoje passa em rodapé nas TV´s ou nos jornais, que companhia tal vai ter um almoço de confraternização em qualquer lugar deste país.
Nunca fui a nenhum. Uma porque quando estive nos Comandos nunca o cheguei a ser devido a queda que me fracturou o ombro. Nos “Gorilas do Maiombe” a minha companhia era de rendição individual por isso nunca houve grandes motivos para reunir já que andávamos sempre a substituir e a sermos substituídos, ou seja, nunca estive numa companhia do principio ao fim com os mesmos camaradas.
Por isso os rostos esfumaram-se nas veredas do tempo, contactos pessoais nunca houve e assim se passaram anos e anos, até que...
Um dia resolvi escrever. Escrever aquilo que penso, notas da minha vida, sem o intuito de agradar seja a quem for senão a mim.
E voltei ao passado, não a um passado saudosista, que aquilo é que era bom e agora nada presta. Cada coisa no seu tempo!
Sempre pensei que, caso fosse Comando, pertenceria à 33ª Companhia. Meteu-se-me na cabeça que era e ponto final. Só que passado estes anos de contacto em contacto, verifiquei que assim não era. Aqui é que se vê o que une quem lá esteve naquela guerra. Mesmo não tendo sido Comando, vários Comandos entraram em contacto comigo para a pouco e pouco ir eliminando as Companhias que se formaram até à altura que entrei para o CIC. Fiz vários contactos e hoje a certeza absoluta que seria da 2044ª do 27º Curso que decorreu entre Junho e Outubro de 1973.
Assim ao som da música da «Ballad of the green beret», Hino Oficial dos Comandos, agradeço a todos os que entraram em contacto comigo, especialmente ao Armindo Ferreira da 33ª (sem ele não teria sido possível saber nada de nada), ao Brito da 2046ª, ao Carlos Sousa, Aníbal Lopes e ao Rosa da 2044ª toda a ajuda prestada.
Para todos o meu MAMA SUMAE e aqui fica a letra da canção que tão bem a conheceis.
Somos jovens e audazes,
Palmilhando matas sem fim,
E mostramos ser capazes
De lutar até ao fim.
Aprendemos a ser duros,
A lutar até morrer,
E mostramos ser seguros
Não faltando ao dever.
Ao perigo indiferentes,
E na guerra destemidos,
Nunca largamos as frentes
Perseguindo o inimigo.
Esta é a voz do COMANDO,
Que de regresso cantamos,
E bem alto vamos gritando
MAMA SUMAE, AQUI ESTAMOS
Só quem lá esteve é que sabe dar o valor a isto!
1 comentário:
o hino dos comandos fantástiko recordar é viver
dá um arrpio e um aperto no coração, por tudo que viveram e sofreram, por isso eu sinto me orgulhosa por fazer parte desta geração de homens comandos para todos eles o meu respeito e carinho um abraço
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