... E não te esqueças que as exigências feitas não são obrigações que cumpres, mas a afirmação permanente da tua vontade, do eu querer e do teu desejo de ser um “COMANDO”. Porque tu queres ser “COMANDO”! E nós queremos-te entre nós!!
As corridas ao som da música, o conhecer as armas em todos os pormenores, a manutenção (por mais que a limpássemos quando o instrutor olhava para o cano estava sempre um "morro" de areia dentro dele e claro lá tínhamos umas flexões a fazer), o gosto que tínhamos na postura (mandei ajustar toda a minha roupa da tropa) fazia do «Comando» um ser diferente.
Isto escrevi no meu tema "Mama Sumae".
A instrução de um Comando não compadece com fraquezas e, como li na “Página de um Comando” do Polibio Robim da Companhia 2042º,“ em 100 só um será Comando”. Fora a redundância não há dúvida que pela instrução recebida só os mais fortes iriam “sobreviver” a tais provas que, durante os três meses de Curso, nos iriam preparar para os perigos que os Comandos teriam que suportar nas missões que lhes eram confiadas.
Uma da situação que me admirou foi o facto de logo à chegada nos terem “dado” a G3 com balas verdadeiras e não de salva como estávamos habituados na tropa normal. Os “castigos” infligidos como encher (flexões de braços e pernas, cangurus, etc.) constantemente por tudo e por nada e se refilássemos mais “castigados” éramos, não visava outra coisa que não fosse dar-nos uma preparação física que mais tarde nos seria preciosa no confronto com o inimigo.
Quando se atravessava a Parada era sempre em passo de corrida ou em marcha. Ai daquele que não o fizesse. Apanhado lá teria que ir ao “castigo”.
A Instrução era feita em várias etapas. Eis algumas de uma forma resumida, pois todos nós passámos por elas e isto serve para quem lá não esteve e pense que isto de ser Comando é só bazófia.
Prova da Sede
A “Prova da sede” foi a primeira prova que tivemos mal chegados ao CIC. Levados em Unimogs fomos a caminho da zona do Úcua onde iria decorrer a prova. Alertados que aquilo era zona do inimigo foi com mil cuidados, olhos e ouvidos em alerta, que aqueles mancebos tiveram o seu baptismo psicológico. Tínhamos que estar preparados para tudo, era o alvorecer de um possível futuro Comando.
18-7-1973-Úcua - Prova da sede- Foto cedida pelo nosso Instrutor de tiro - Comando Armindo Ferreira da 33ª (de camisola preta). De camisola branca o Alferes Dado
As corridas ao som da música, o conhecer as armas em todos os pormenores, a manutenção (por mais que a limpássemos quando o instrutor olhava para o cano estava sempre um "morro" de areia dentro dele e claro lá tínhamos umas flexões a fazer), o gosto que tínhamos na postura (mandei ajustar toda a minha roupa da tropa) fazia do «Comando» um ser diferente.
Isto escrevi no meu tema "Mama Sumae".
A instrução de um Comando não compadece com fraquezas e, como li na “Página de um Comando” do Polibio Robim da Companhia 2042º,“ em 100 só um será Comando”. Fora a redundância não há dúvida que pela instrução recebida só os mais fortes iriam “sobreviver” a tais provas que, durante os três meses de Curso, nos iriam preparar para os perigos que os Comandos teriam que suportar nas missões que lhes eram confiadas.
Uma da situação que me admirou foi o facto de logo à chegada nos terem “dado” a G3 com balas verdadeiras e não de salva como estávamos habituados na tropa normal. Os “castigos” infligidos como encher (flexões de braços e pernas, cangurus, etc.) constantemente por tudo e por nada e se refilássemos mais “castigados” éramos, não visava outra coisa que não fosse dar-nos uma preparação física que mais tarde nos seria preciosa no confronto com o inimigo.
Quando se atravessava a Parada era sempre em passo de corrida ou em marcha. Ai daquele que não o fizesse. Apanhado lá teria que ir ao “castigo”.
A Instrução era feita em várias etapas. Eis algumas de uma forma resumida, pois todos nós passámos por elas e isto serve para quem lá não esteve e pense que isto de ser Comando é só bazófia.
A “Prova da sede” foi a primeira prova que tivemos mal chegados ao CIC. Levados em Unimogs fomos a caminho da zona do Úcua onde iria decorrer a prova. Alertados que aquilo era zona do inimigo foi com mil cuidados, olhos e ouvidos em alerta, que aqueles mancebos tiveram o seu baptismo psicológico. Tínhamos que estar preparados para tudo, era o alvorecer de um possível futuro Comando.
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